Edição Digital Logos
O banquete relata a reunião de amigos da qual participaram Sócrates, Aristófanes e outros atenienses eminentes, em que se lançou uma competição para ver quem fazia a melhor definição de eros (o amor, mas também o belo) – um dos mais importantes conceitos da cultura antiga. Neste que é um dos principais diálogos de Platão, debatem-se noções de amizade, de decência, e também sobre o próprio ato de raciocinar.
Platão (427-347 aC) nasceu em Atenas em uma família aristocrática. Estudante de Sócrates até a morte deste, ele também estudou as obras de Heráclito, Parmênides e os pitagóricos. Após a morte de Sócrates, Platão passou vários anos viajando pelo Mediterrâneo. Ele finalmente retornou a Atenas e fundou uma escola de filosofia chamada Academia (assim chamada pelo campo em que estava localizada), onde mais tarde ensinou Aristóteles. Platão escreveu obras sobre ética, política, moralidade, epistemologia e metafísica. Ele é mais conhecido por sua teoria das formas, a teoria de que as qualidades que definem a existência de uma coisa (vermelhidão, beleza) existem em um reino abstrato de formas, separado da matéria. Platão acreditava que o que era verdadeiro e, portanto, real, deve ser imutável. Porque o mundo material está em constante estado de mudança, não é a verdadeira realidade, mas uma mera ilusão. Platão ensinou que o amor é o anseio pelo Belo em sua forma mais pura e abstrata. Conseqüentemente, o amor é o que motiva todas as realizações humanas mais elevadas.